Hayao Miyazaki, um dos cofundadores do Studio Ghibli, não está satisfeito com o cenário atual da indústria de animes. Após comparecer ao 77° Festival de Cannes para receber o Palma de Ouro honorária, concedida ao Studio Ghibli, o filho do cineasta, animador e diretor, Goro Miyazaki, fala sobre os sentimentos de Miyazaki em relação à era dos animes.
Segundo a equipe do Festival, é a primeira vez que um grupo e não um único cineasta é homenageado pelo Festival Cannes.
Goro Miyazaki se desculpou pela ausência dos cofundadores do estúdio, que criaram Ghibli junto do falecido Isao Takahata:
“Meu pai está muito velho para vir pessoalmente e o produtor Toshio Suzuki, cofundador do estúdio, está muito acima do peso”
Goro por fim diz que tudo está nebuloso em relação ao futuro do estúdio, e cogita que Miyazaki tem ideias para um novo longa-metragem. Também confidencia que para Miyazaki a era de ouro dos animes já passou e que não sobrou muita coisa nova: “Ele sente que este prêmio simboliza o fim de sua carreira”.
O grande Festival de Cannes em sua homenagem ao Studio Ghbli, ao entregar a Palma de Ouro honorária, tocou a música de Totoro (composta por Joe Hisaishi) nas escadarias de Cannes, dando não só um presente para o estúdio, mas também para os fãs das obras do estúdio e de animação japonesa em um geral. Goro Miyazaki por sua vez declara que não tem planos pessoais e anuncia suavemente “Tudo será mais fácil para mim quando meu pai e Suzuki-san morrerem...” que com apesar do sorriso travesso após a declaração, não convence que esteja brincando inteiramente.
Hayao Miyazaki, cofundador do Studio Ghibli e colecionador de prêmios de Cinema e Animes, é também, claro, um grandioso e importante diretor de animes, e que possivelmente você já deve ter assistido um filme dirigido por este ícone.
Miyazaki está por trás de filmes animados icônicos, como: Castelo Animado (2004), Princesa Mononoke (1994), Meu Amigo Totoro(1988), além de ter vencido 2 Oscars com Viagem de Chihiro (2001), que possui atés os dias atuais a maior bilheteria de filmes do Japão e The Boy and the Heron (2023).